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Investimentos vão impulsionar crescimento do Brasil em 2021, aponta ministro da Economia

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Diante dos claros sinais de recuperação da economia, 2021 será o ano da retomada do crescimento sustentado no Brasil, impulsionado por investimentos. A análise foi apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao participar na tarde desta quinta-feira (3/12) do painel de debates “Cenário Econômico Pós-pandemia”, na programação do 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC). O evento foi promovido de forma virtual pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Vamos continuar com as reformas”, assegura o ministro.

“Vamos destravar o horizonte de investimento. Vamos destravar os marcos regulatórios”, afirmou Paulo Guedes. Ele lembrou que projetos nas áreas de gás natural, exploração de petróleo, investimentos no setor elétrico, logística e navegação de cabotagem já foram apresentados e estão em andamento no Congresso. “Vamos fazer a reforma tributária, a reforma administrativa. Em 2021 vamos de novo surpreender, assim como surpreendemos o mundo com a reforma da Previdência e a cessão onerosa”, aponta.                                    

“As reformas vêm aí, não vão parar”, disse. Ele lembrou ser a política que define o timing das reformas, mas alertou que o Congresso apoia as mudanças, ajudando o Brasil a retomar o caminho do crescimento. Citou a importância da recente aprovação da Nova Lei de Falências e do projeto de autonomia do Banco Central pelo Senado.

Guedes citou o sucesso do leilão de concessão dos serviços de saneamento de Maceió, no final de setembro, como exemplo do interesse do setor privado em investir no Brasil diante do estabelecimento de novas regras, mais claras, que deem segurança aos investimentos. O leilão de saneamento da região da capital alagoana (1,5 milhão de habitantes em 13 cidades da Grande Maceió) garantiu outorga de R$ 2 bilhões, mais R$ 2 bi de investimentos nos próximos anos.

O leilão de saneamento de Maceió foi a primeira operação realizada após aprovado o novo marco legal do saneamento básico (PL 4.162/2019). Considerando o resultado dessa operação, Guedes citou que os próximos leilões de saneamento vão surpreender positivamente e lembrou que no ano que vem haverá também leilões de aeroportos e ferrovias, entre outros.

Recuperação

O ministro da Economia destacou a importância da adoção das medidas emergenciais para salvar vidas e preservar empregos diante dos impactos da chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, no começo do ano. Mas alertou ser necessário transformar a fase de recuperação cíclica a base de consumo (impulsionada este ano pelas medidas emergenciais com validade somente este ano, conforme estabeleceu o Orçamento de Guerra) em uma fase de crescimento sustentado baseado em investimentos, a partir de 2021.

Guedes citou que os setores de produção de alimentos, transporte e construção civil seguiram fortes mesmo nas fases mais críticas da pandemia e que agora demais setores voltam a se recuperar. “Criamos um milhão de empregos em quatro meses. O Brasil deve chegar ao final do ano sem perda de empregos formais”, disse. “Aumentou o consumo de óleo diesel, energia elétrica, a arrecadação do governo. São sinais de que o Brasil está voltando em V e decolando”, completou. Citou, ainda, o crescimento de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, como sinal inequívoco da retomada da economia. “Está havendo uma forte recuperação. Essa é a informação importante”, afirma.

O cenário de recuperação da economia, destacou o ministro, torna ainda mais importante a retomada da agenda de reformas e do fortalecimento dos compromissos com a responsabilidade fiscal. “O crescimento sustentado com investimentos será com a retomada da agenda de reformas estruturantes”, reforçou. Guedes destacou que sempre foi contrário às hipóteses que levariam o Brasil a realizar um grande processo de endividamento “em bola de neve”, comprometendo as gerações futuras. “Sou defensor do teto de gastos, da responsabilidade fiscal, da rigidez no controle das contas públicas”, conclui.

Fonte: Ministério da Economia

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